Há sessenta mil anos atrás, mais ano, menos ano, viveu algures em África um homem que foi o verdadeiro Adão genético! O pai de toda a humanidade que vive hoje.

Não há um ser humano no mundo cuja árvore genealógica não vá dar a este individuo, se alguém conseguisse fazer uma árvore genealógica até ele.

Mas embora a árvore seja uma impossibilidade, os genes não mentem e neles está escrita essa origem.

Os seus descendentes directos ainda vivem hoje. São Bosquímanos que vivem no Kalahari, caçadores recolectores que sobrevivem nas mais duras condições, quase sem água e com dietas calóricas muito baixas. São baixos, com uma pele castanho-amarelada, falam uma linguagem que inclui cliques e estalidos, são o fundo da sociedade, abandonados e relegados por todos os povos que os rodeiam. E no entanto todos esses povos devem a sua existência a eles.

Não há maneira de saber se esse antepassado comum, que faz da humanidade inteira uma comunidade de primos em vários graus, viveu na mesma área que os seus descendentes habitam, se levou o mesmo tipo de vida numa área desértica ou se, por outro lado, prosperou mais a norte, mas ao olhar para os seus descendentes em linha recta pode-se ter uma ideia de onde veio a humanidade!
A lógica ditaria que, em pleno conhecimento deste facto, todas as divisões raciais se tornassem irrelevantes. Mas não, pelo contrário, parecem tornar-se cada vez mais presentes!

Todos os que descriminam pela cor da pele ou região de origem de alguem deveriam ser obrigados a submeter-se a testes de ADN para saberem as suas origens. Não seria necessário irem até há sessenta mil anos atrás para ficarem surpreendidos e perceberem que não há raças puras, que toda a humanidade é mestiça, e que, muitas vezes, aqueles que criticam a raça e cor do outro estão mais próximos dele do que imaginam.

A humanidade é a unicidade de biliões de individualidades. A humanidade é uma família!

Todos os que negam este facto, negam-se a si próprios.

4 comentários:

  1. Há muito tempo já, li algo sobre este assunto e, nesse momento, compreendi o porquê deste meu apego a África. Afinal o tempo que lá vivi não justifica, perante os demais, a imensa saudade - possivelmente serão as raízes a falar muito mais alto.

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  2. Quem sabe...
    Afinal, aquilo que está escrito nos genes e capaz de influenciar todo o ser.

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  3. Essa é a questão maior. Aquela que tem sempre como resposta... Quem sabe....

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    1. A Noname saberá. Pode não o saber a nivel consciente, mas a resposta está em si, ainda que bem fundo no seu sub-consciente.

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