Há 300.000 anos atrás não existia ainda o Homo Sapiens.
Haviam, no entanto outras espécies Homo que habitavam o planeta, e que
estiveram presentes até há relativamente pouco tempo atrás. Pensa-se que o
Homem de Neanderthal se extinguiu há cerca de 30.000 anos e o Floresiensis há
cerca de 12.000.
Aparentemente o Homo Florensiensis estava restrito à ilha de
Flores, na Indonésia.
No entanto o Neanderthal estava espalhado pela Europa e
Ásia.
Acredita-se ainda que havia outra espécie a habitar as zonas
montanhosas do norte da Índia e do Tibete, os Denisovanos.
Quando o Cro-Magnon, o primeiro homem moderno, emergiu de
África e chegou à Europa há cerca de 40.000 anos, encontrou estes seus primos
afastados.
Durante muito tempo pensou-se que teria sido a chegada do
Cró-Magnon que ditou a extinção do Neanderthal, mas será que foi mesmo?
Sabe-se que a capacidade cerebral dos Neanderthais era, em
média, superior à do Cró-Magnon. Sabe-se também hoje, graças à genética, que
o mais provável é que o Neanderthal não se tenha extinguido, mas que houve uma
hibridização com o Cró-Magnon que levou aos modernos Europeus. Esta
hibridização teria contribuído para uma maior adaptação do Cró-Magnon aos
climas frios e contribuiu para o reforço do sistema imunitário.
Acredita-se hoje que os Neanderthais tinham capacidade de
falar e que tinham culturas complexas e conhecimentos de ervas para fins
medicinais. Estavam mais bem preparados para lidar com o clima na Europa, eram
mais fisicamente robustos e fortes. Utilizavam anti-bióticos 40.000 anos
antes destes terem sido inventados.
Da mesma maneira, a outra espécie, os Denisovanos, teria sido absorvida e dado origem às populações dos
Himalaias, mais resistentes ao clima e às altitudes, uma clara vantagem
naquelas paragens.
Portanto, muito provavelmente não se extinguiram, foram
antes absorvidos, dando claras vantagens aos Cro-Magnons que chegaram aos seus
territórios. Descobriu-se em Portugal o esqueleto de uma criança que se
acredita ser uma prova da hibridação entre Cró-Magnon e Neanderthal.
Curiosamente, as pinturas rupestres mais antigas da Europa,
em El Castillo, na Espanha, são datadas mais ou menos da mesma altura em que o
Cró-Magnon chegou à península Ibérica.
É da Europa que aparecem os primeiros sinais de civilização,
que no entanto só se viriam a concretizar mais tarde na Suméria e no Egipto,
zonas mais quentes e férteis por oposição a uma Europa sob um manto de Gelo.
As variações genéticas que permitem o cabelo ruivo e louro
teriam sido absorvidas da população Neanderthal.
Havendo nos últimos 40.000 anos picos de temperaturas mais
temperadas na Europa, não seria possível a civilização ter nascido e até
florescido, tendo depois quase todos os seus vestígios apagados pelo avanço das
calotas polares, deixando apenas restos megalíticos?
A ser assim, não será concebível que as pirâmides de Visoko,
na Bósnia, possam ser a mais importante janela para o passado da humanidade,
quando se descobre que terão, pelo menos, 20.000 anos de existência?
Estará ali uma prova de um começo que depois, com o avanço
dos gelos numa época em que as temperaturas caíram vertiginosamente, acabou por
ser abandonado, tendo estas populações migrado para climas mais favoráveis e
regiões mais férteis como a Ásia menor, península Arábica e Norte de África?
Começo a pend«sar que vive na torre do tombo :-)
ResponderEliminarEssa não tem informação relativa a estas datas.
ResponderEliminarSó por curiosidade, onde vai buscar essa informação?
EliminarHoje em dia a informação está disponível a quem a quiser consultar.
EliminarOs artigos científicos estão on-line.
As traduções directas dos textos antigos também.
Cada vez há mais cruzamento de disciplinas no estudo de monumentos antigos. Por exemplo, quando não foi um arqueólogo ou um historiador a olhar para a Esfinge, mas sim um geólogo, Houve um abanão que dura até hoje, bem como um conflito. Arqueologos e historiadores afirmam que a Esfinge tem entre 4500 a 4700 anos e os geologos afirmam tal ser impossível devido às marcas de erosão de água visíveis na esfinge e nas paredes do recinto onde ela está.
Por norma, quando se quer perceber de pedras chama-se um geólogo. Os historiadores não costumam perceber muito do assunto.
A genética dá-nos um quadro bastante preciso das migrações dos povos ao longo do tempo e aparecem surpresas como esta do sequenciamento do genoma de Tutankamon e da sua maior relação com povos Europeus do que com os próprios nativos Egípcios.
Depois é ler tudo e tentar perceber como é que as coisas se encaixam. E há cada vez mais coisas que não encaixam na visão histórica que nos foi dada até hoje.
E pode-se pensar que isto é passado, que já passou e não interessa, mas a verdade é que só conseguiremos resolver situações como a do médio oriente quando conseguirmos perceber as interacções entre povos que houve por ali desde tempos imemoriais. O conflito de hoje em dia tem raízes muito lá atrás.