Não se sabe quem descobriu o “ano longo” nem quando foi descoberto. Sabe-se que quem quer que tenha sido, demorou, certamente, muito tempo para o descobrir. O “Ano longo”, resultado de precessão dos equinócios tem a ver com a inclinação do eixo do planeta e com a rotação desse mesmo eixo no sentido contrário ao da rotação do planeta. O “Ano longo” tem 25770 anos, e está dividido em 12 eras, cada uma com 2147 anos, aproximadamente.

Aquilo que determina a passagem de cada era é a casa astrológica em que o sol nasce no dia 21 de Março, actualmente Peixes, sendo que se entrará na era de Aquário por volta de 2150.
É graças a esta precessão e à mania que os antigos tinham de alinhar monumentos com estrelas específicas e o Sol que muitas dúvidas se têm colocado em relação aos mais antigos monumentos que existem no planeta.

O Sol, sob inúmeros nomes e com diferentes personificações é o Deus mais adorado pela humanidade desde sempre, e, diga-se, com alguma razão. Afinal não é o Sol o regente de todo o sistema solar?
Não é de estranhar pois que a maior parte das divindades solares tenham algumas características em comum.

Olhemos então para algumas coisas que se passam no céu.
Entre o Solstício de Verão e o de Inverno o sol vai-se lentamente movimentando para sul no horizonte e descrevendo um arco cada vez mais pequeno no céu, isto da perspectiva de quem está no hemisfério norte, o que faz com que a duração do dia vá encurtando.
No dia 21 de Dezembro o sol atinge o seu ponto mais a Sul, o dia mais curto. E embora nos esteja oculta, quem estiver suficientemente a sul verá que o Sol se põe por baixo da constelação conhecida como cruzeiro do Sul. Nos três dias seguintes não há movimento perceptível do Sol no horizonte, parecendo ficar estacionário, para no dia 25 de Dezembro começar o seu caminho para Norte, descrevendo arcos cada vez maiores e aumentando a duração dos dias.
No dia 25 de Dezembro as estrelas do cinto de Órion, também conhecidas como as três marias ou os três reis, em alinhamento com Sirius, apontam para o local exacto onde o Sol nascerá nesse dia, por baixo da constelação de Virgem.

O dia 21 de Dezembro era conhecido como “A morte do Sol” que renascia a 25 de Dezembro. E a morte do Sol dá-se numa cruz, pelo menos desde a entrada na era de Peixes, há dois mil anos atrás.
Jesus Cristo Nasceu num dia 25 de Dezembro, de uma virgem, anunciado por uma estrela seguida por três reis magos que viajaram por toda a terra para prestar homenagem.

Jesus Cristo, a Luz do Mundo, o cordeiro sacrificial, morre numa cruz para ressuscitar passados três dias.
 
Quando Moisés apareceu, um dos animais mais reverenciados era o touro. O Boi Ápis era um culto fundamental para os egípcios. Moisés mudou tudo na passagem para a era de Carneiro, tendo toda a simbologia mudado radicalmente na nova religião.

Com a chegada de Jesus é também marcada a passagem para a era actual, Peixes, e também a simbologia mudou. Jesus terá sido o cordeiro sacrificial, com a sua morte a significar o fim da era anterior, mas ao mesmo tempo foi um pescador de homens, alimentou milhares com dois peixes, o seu símbolo, ainda hoje visto por todo lado, é um peixe.
 
A vida de Jesus que nos chegou pêlos evangelhos têm todas as características de uma divindade Solar. Mas será que os factos foram mesmo assim?
 
Tudo o que sabemos de Jesus provem de escritos feitos, na maior parte das vezes, décadas, senão séculos, após a sua morte. Não há uma única prova de que ele tenha existido de facto, assim como não há nenhuma que o contradiga. Mas houve, sem dúvida, um enorme esforço por parte da Igreja para adequar a sua imagem a um modelo que estava desde há muito estabelecido. Não são raras as comparações, a maior parte delas, admito, bastante enviesadas, com Mithra, Horus e até mesmo com a vida de Josué, outro personagem bíblico.

Esse esforço, que foi progredindo ao longo dos séculos, levou a que a Imaculada Conceição se tornasse dogma da Igreja no Sec. XX. Ou seja, foi um Papa que, mil anos depois dos eventos, declarou que Jesus tinha nascido de uma Virgem.
 
Há, de facto, paralelos e um caminho claro nas simbologias destes Deuses que atravessam as respectivas eras e um corte com toda a simbologia que vinha de trás, embora haja uma continuidade da simbologia base, a que não se altera com o passar das eras, a que é relativa ao Sol.
 
Admito que isto me deixa curioso em relação à próxima divindade que aparecerá para dar inicio à era de Aquário.

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