A esfinge, animal mítico, tinha a cabeça humana, corpo de leão.
Não é pois de estranhar que se diga que uma esfinge guarda o planalto de Gizé. Afinal está lá uma estátua gigantesca com corpo de leão e cabeça humana.
Mas será que a estátua é, realmente, de uma esfinge?
Há quem afirme que a estátua não está como era originalmente.
Em primeiro lugar há provas inequívocas de erosão por água nas paredes do recinto da esfinge. Estas provas estão confirmadas por geólogos, apesar dos egiptólogos dizerem que não. No entanto, os geólogos costumam perceber mais de geologia do que os egiptólogos, portanto creio que devemos assumir que os geólogos devem saber do que falam.
Isto quer dizer que a estátua lá estava quando, naquela região, caiam chuvas abundantes. E quererá dizer que lá estava já há bastante tempo, devido às marcas de erosão. As últimas chuvas abundantes naquela região foram no fim da idade do gelo, há 16.600 anos.
Ora, se a estátua já lá estava, isto deita por terra a associação da estátua à era de leão. Tendo em conta o alinhamento das pirâmides com Oríon, que bate certo com esta data, é normal assumir que a esfinge foi feita, na era de leão, e que será por isso que tem esta forma, uma vez que o sol, no equinócio da primavera, nascia na casa de leão.
Mas se a esfinge lá estava antes, não há muita lógica em que tivesse sido construída assim.
No entanto a estátua sempre foi conotada com Anúbis.
Anúbis era o Deus que conduzia as almas dos mortos pelo submundo. Era sempre representado com uma cabeça de chacal. Em várias representações Egípcias surge de barriga colada ao chão, membros posteriores encolhidos, com a cauda enrolada em volta da pata posterior direita e membros anteriores esticados para a frente. A cabeça de chacal com orelhas espetadas. Posição de guarda.
Ora, o corpo da esfinge é exactamente isto, sendo que a única parte que não bate certa é a cabeça, desproporcionalmente pequena para o corpo.
Vejamos:
Comparando a representação tradicional de Anúbis, o chacal, como encontrado, por exemplo, no túmulo de Tutankamon e o corpo da esfinge, há uma semelhança óbvia.
Se imaginarmos a cabeça de chacal proporcional naquele corpo, fará muito mais sentido que aquela cabeça humana desproporcionalmente pequena.
Porquê um cão (um chacal, mais concretamente)?
Já aqui falei no estranho posicionamento de uns quantos sítios enigmáticos numa longa linha que circunda o planeta inclinada em relação ao equador. Essa linha é chamada por muitos de “o antigo equador” ou seja, no passado, aquando da construção original, antes do reaproveitamento e reconstrução por culturas que se seguiram, esta seria a linha do equador.
Se esta fosse a linha do equador, estaria a estátua alinhada com a estrela Sírio, tão importante na cultura egípcia, situada na constelação de canis major?
Não sei se esta hipótese ocorreu a mais alguém, mas consideremos isto:
-Segundo a cultura egípcia, as construções obedeciam a um plano. O Egipto era a representação na terra do reino celestial. Assim na terra como no céu.
As pirâmides seriam a referência a Órion, Osíris. O Nilo a via láctea.
A estátua, enorme, apontaria a canis major, mais concretamente a Sírio, Ísis.
Atrás da esfinge há um poço, entretanto aterrado e sem acesso ao público, onde foram encontrados caixões de granito maciço que foram descritos como tão grandes que só poderiam ser para bois cerimoniais…
…ou então para alguém mesmo muito grande.
Anúbis, o que guia os espíritos, vigia por eles, os espíritos dos deuses, para a eternidade.
Entretanto dá-se o impacto do meteorito na calote polar, na América do norte. A acreditar nas teorias de Charles Hapgood, este evento poderia ter levado a um deslocamento da crosta, alterando as posições relativas dos continentes em relação ao eixo, embora mantendo tudo mais ou menos no sítio. Alterações bruscas que transformam o Sahara num deserto e congelam mamutes ainda com comida nos estômagos em Permafrost.
Os mares sobem vertiginosamente deixando cidades costeiras afundadas a milhas das novas costas, caso da cidade afundada ao largo de Dwarka na India, não a que junto à costa a poucos metros de profundidade, mas a que está ao largo, que esteve pela ultima vez à superfície há 12.000, do tamanho de Manhattan  e de onde já se retiraram artefactos com aproximadamente esta idade.
Os alinhamentos estelares saem dos sítios. Algumas construções proeminentes de pedra sobrevivem, locais sagrados, ou que passam a ser considerados sagrados quando redescobertos.
Após a catástrofe alguns sobreviventes descobrem a estátua parcialmente arruinada e voltam a dar-lhe forma à cabeça, provavelmente em homenagem a algum governante da altura. Isto passa-se já na era de leão e provavelmente mesmo as pirâmides são depois erigidas sobre estruturas anteriores, seguindo um plano de construção antiquíssimo.
Entretanto, as invasões de outros povos acabam por levar a que a tecnologia que permitiu construir coisas como as pirâmides, e que estão além dos nossos conhecimentos de engenharia, seja escondida ou venha a ser definitivamente perdida, tornando-se a construção, paradoxalmente, pior com a passagem do tempo.
O mesmo acontece em Gobekle Tepe, onde os pilares mais antigos, com 11.800 anos, são mais elaborados e massivos que os de épocas posteriores, mostrando um comprovado declínio até as estruturas serem finalmente abandonadas.
Novos povos que chegam acabam por considerar estes locais sagrados e erguem as suas próprias estruturas por cima.
Um cenário que não me parece, de todo, implausível, levando em conta que existimos no planeta há pelo menos 300.000 anos!

2 comentários:

  1. Perguntas, perguntas, perguntas, cujas respostas, a haver, serão sempre questionáveis, não é?

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    1. É.
      Mas se não houver perguntas nunca existirão respostas.

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