Cada vez há um maior desinvestimento na arte.
Há um desinvestimento monetário e um desinvestimento dos próprios artistas.
O desinvestimento dos artistas talvez nasça do contexto cultural dominante. Já o desinvestimento monetário, ou por outra, para onde é canalizado o investimento monetário, terá pouco de inocente. Basicamente, o investimento cria o contexto cultural.
Mas aquilo que deveríamos perguntar é porque é que interessa criar um contexto cultural onde a arte se transforma apenas num repisar de formulas gastas ao longo do tempo, em vez de ser o acto de criação por excelência?
A minha opinião pessoal é que é por isso mesmo. A Arte é um acto de criação a partir do nada ou um acto de recriação de algo existente a partir de uma perspectiva pessoal.
Sendo um acto de criação, é algo que desperta no ser humano a centelha do divino, algo que nos eleva acima do animal. O acto de criação é o único que realiza por inteiro. Nenhum outro acto tem esse poder. E a criação pode ser artística ou não…
…mas a arte faz pensar, faz evoluir, põe em causa os paradigmas existentes, é contra corrente, é rebelde, mas com causa,…
…é perigosa para os poderes estabelecidos, que não vêem com bons olhos o facto de as pessoas poderem, de um momento para o outro, começar a questionar e a pôr em causa aquilo que não convém ser questionado nem posto em causa!
A arte aproxima-nos mais de Deus, e por isso eleva-nos acima da Humanidade, tornando-nos, fazendo-nos realizar, ao mesmo tempo, o potencial que temos como seres humanos e como seres divinos!
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Quando o mundo desinveste nas pessoas, qual a dúvida em desinvestir na arte?
ResponderEliminarBoa tarde, Sô Ponto