A verdade, segundo a religião, é a palavra!
E a palavra é o que está nos textos sagrados.

Sejam esses textos o que forem, o crente terá o dever de os tomar como verdade, com base na fé. Ainda que os factos contradigam ou refutem totalmente os textos, a fé deve prevalecer.

Levando isto em conta, e levando apenas em conta a matriz judaico-cristã, não é de estranhar que muita gente tenha fé em que o universo foi criado há seis mil anos atrás em seis dias, sendo o pináculo da criação a semente da humanidade, Adão e Eva.

O facto de sabermos hoje que o Universo tem aproximadamente 13.000.000.000 de anos de idade, que o sistema solar tem cerca de 4.000.000.000, tendo o planeta terra sido formado nesta altura, não faz com que os crentes mais acérrimos abandonem a sua crença. A explicação é que todos estes estudos, experiencias e factos não passam de uma invenção do Diabo para afastar a humanidade da fé em Deus!

Para eles a história de haver um Adão genético que teria existido há dez vezes mais tempo que aquele que é suposto o universo ter, segundo os escritos sagrados, é uma blasfémia.

Para eles, o facto de a vida evoluir, sempre, constantemente, é uma blasfémia.

Para eles Adão, Eva e o Paraíso são descrições literais.

Mas, ainda que o fossem, não seria isso justificação suficiente para percebermos que somos todos a mesma família? Que é mais o que temos em comum do que o que nos separa?

Um dos maiores poetas Portugueses afirmou um dia que as religiões todas não ensinam mais do que a confeitaria e é pena porque deviam ensinar valores de tolerância e inclusão.

No fim, não seremos todos apenas resultado do lixo que sobrou da formação de uma estrela?

“És pó e ao pó tornarás” – Génesis 3:19

Eis uma frase brutalmente literal, absolutamente verdadeira.

Nada do que fazemos é mais do que pegadas no pó, que se apagam com a brisa do tempo!

4 comentários:

  1. Outra grande verdade!

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  2. Há quem ache que sobrará mais do que pó de tudo aquilo que é.

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    1. Há sempre uma tendência de achar que não pode ser só pó…

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    2. Mas é. A importância do que se faz não vai além desta rocha a flutuar no espaço e um dia não restará nada dela...

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