Acerca da mediocridade, poderá alguém ouvir Bach, Choppin, Mozzart, Verdi, Puccini, Wagner, Orf, Zappa, Hendrix, Clapton, Zeppelin, Sabath, Beatles, Floyd, apenas para mencionar alguns, e não ficar perplexo com o facto de que "Hello" ganhou um prémio como melhor música de 2016?
Não será um prémio destes uma perversão daquilo que a música deveria representar, enquanto arte?
Ninguém se elevará se não aspirar a voar mais alto!
No mundo em que vivemos é a mediocridade que dá lucro...
ResponderEliminar...assim sendo promove-se e premeia-se!
Concordo! Até porque o que não é medíocre faz pensar e pensar pode ter efeitos colaterais!
EliminarSaber é poder - todos sabemos isso. Mas, ninguém detém todo o saber e consequentemente todo o poder - o que é bom, em termos de equilíbrio.
ResponderEliminarJà os gostos musicais, ou outros, não podemos exigir que todos gostem do mesmo.
Não, não estou a defender a mediocridade, ou a música de cordel - O que defendo é que há gosto para tudo - e o respeito pela diferença deve ser uma realidade, não um slogan - a mim cabe-me gostar e ouvir, ou não gostar e não ouvir.
Subtilmente confundimos, inteligência e bom gosto, com música erudita, isso não faz de nós arrogantes?
Que cada um ouça o que quer - Que as empresas distribuam os prémios que quiserem e a quem quiserem, o crivo do tempo fará a diferença.
Quantos desses premiados se conservam reluzentes depois de um novo premiado no ano a seguir?
A maioria dos artistas, hoje considerados como muito bons, foram no seu tempo, tidos como medíocres, ou bonzitos, muitos morreram na miséria - nos tempos de hoje são os eruditos.
E é claro que: isto é a minha opinião e não pretende ser guia para coisa alguma, nem para ninguém.
Os gostos são gostos.
ResponderEliminarNada a dizer em relação a isso.
E nem foi no texto afirmado que a música era, de alguma forma má. Foi dito que era medíocre simplesmente porque o é. Outras músicas de Adele são bem mais interessantes a nível musical e de interpretação.
Os prémios da industria reflectem, entre outras coisas - e são muitas coisas que nada têm a ver com a música enquanto arte - as vendas. E as vendas dependem do gosto de quem compra.
Se o melhor é o que mais lucro dá, então a música estará no lugar certo.
Mas se, por outro lado, por critérios objectivos e subjectivos - porque podemos avaliar a construção musical de forma objectiva - conseguirmos afirmar que há músicas espalhadas pelo mundo compostas no ano passado mais ricas rítmica e melodicamente, com mais paixão e mais emoção, músicas que foram além da monotonia da mediocridade e da sua facilidade, músicas que melhor representaram uma aspiração humana a algo maior, então o facto de esta música em particular ter sido premiada como a melhor é uma ofensa à arte.
E, dito isto, até lhe digo que gosto da música.
Mas tudo isto é apenas um exemplo da aspiração à mediocridade que a espécie consegue ter. Se calhar porque a mediocridade é mais fácil.
E sim, o tempo se encarregará de escolher o trigo do joio. Afinal, só sobrevive o que faz sentido para além do tempo onde está. O resto esvanece-se.