Estes mal entendidos ou farsas deliberadas levam a um outro ponto: o Perdão!

O poder do perdão é algo de incomensurável.
De tal forma que é a única coisa no universo que é verdadeiramente redentora.

Poucos são os que têm a capacidade de perdoar verdadeiramente. Releva-se, deixa-se para trás, segue-se em frente, mas isso não é perdoar. Perdoar é passar uma esponja e esfregá-la para que não sobrem vestígios. Aquele que perdoa não releva, mas nunca voltará a pensar no assunto de uma forma negativa e triste, mas sim como algo de bom.
Isto é extraordinariamente difícil. Mais ainda quando quem tem de perdoar também se considera culpado por algo.

Mas o perdão chega e transforma um momento mau num momento marcante.
Todos têm momentos marcantes, sejam eles quais forem. Mas estes momentos são os extremos: ou são bons, ou maus. E não coincidem minimamente nas diversas apreciações. Um momento vivido por dois indivíduos em comum pode ser marcante para um e completamente indiferente para o outro, o que faz com que esse momento, na mente do segundo dificilmente venha a ser registado. Mas para o primeiro foi algo que será lembrado a vida inteira.

O primeiro beijo, por exemplo, é sempre lembrado. Mas se o primeiro beijo não o for para um dos dois, aquele para quem não o é, se calhar, no futuro, nem se lembrará desse momento. E um primeiro beijo pode ser bom, ou mau, mas nunca, nunca será esquecido.

A vida é feita destes momentos marcantes a pontuar o relativo tédio e monotonia que são os intervalos. Mas, são estes momentos que tem repercussão em no próprio e nos outros. E se essas repercussões são negativas, então surge a necessidade de perdão e se esse perdão é genuíno, verdadeiro, é tão precioso e raro que se dá a redenção da pessoa e tudo o que podia haver de negativo passa a ser positivo e a incorporar de forma definitiva o que a pessoa é. São momentos que definem de forma única a  humanidade de cada um.

Há que procurar a redenção em cada momento.

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