Mas, porque a única verdade possível é a própria, nunca ninguém soube a verdade!

Cada ser carrega em si apenas fragmentos, por vezes aparentemente contraditórios, da verdade. Não são contraditórios realmente, apenas são uma e mesma coisa vista de diferentes perspectivas. Mas esses fragmentos estão misturados com tudo o resto, desde as pequenas e inócuas até às grandes falsidades, o que leva a que seja quase impossível descortinar a verdade absoluta!

As próprias regras de convivência social levam a pequenas falsidades aparentemente inócuas, por uma simples questão de delicadeza. Raramente as pessoas dizem o que verdadeiramente pensam, uma vez que sabem que fazê-lo pode inadvertidamente ferir a susceptibilidade do outro. Mas estas omissões ou pequenas mentiras por delicadeza podem pôr em causa toda uma relação, tenha essa relação a forma que tiver, desde relações laborais até às pessoais.

Ter consciência de que a vivência em sociedade implica, no mínimo, concessões à verdade é um elemento fundamental para se conseguir estar em sociedade! É também fundamental para se conseguir chegar o mais perto possível da verdade e evitar mal-entendidos que podem revelar-se catastróficos para relações interpessoais.
No entanto, por vezes essa consciência escapa-nos e os mal-entendidos acabam por se sobrepor às relações!

Qual será então o ponto óptimo de equilíbrio entre a procura da verdade absoluta e a convivência com a “inverdade” que pode advir de uma vida em sociedade?

6 comentários:

  1. Como diria o outro, essa é a questão essencial!

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    1. E será que não há uma responta unica?

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    2. Não sei se haverá um único ponto de equilíbrio. Embora se possa sempre pensar que, idealmente, não deveria ter de haver “inverdade” (infelizmente acho que ainda estamos muito longe do ponto em que possamos colocar isso uma possibilidade).

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  2. Não me referia ao ponto de equilibrio, que é dinâmico, mas à maneira de o atingir...

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    1. Sim, o ponto de equilíbrio é dinâmico e forma do atingir varia de sociedade para sociedade. Como dizia, acho que estamos ainda longe de poder considerar este processo unificado para todos.

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    2. Não seria importante reflectir qual o caminho dessa unificação?

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