Se se considerar afirmativa a resposta a uma das perguntas anteriores, se se considerar que existem seres multidimensionais que estão para além das limitações de percepção impostas pelo plano tridimensional onde a Humanidade existe, e que são eles os Anjos e Demónios e o próprio Criador, muitas mais questões se devem levantar.

Afinal foi Deus quem decidiu criar a Humanidade à sua imagem e semelhança.

Mas a frase anterior não se conjuga bem com a afirmação de que o Criador, chame-se-lhe o que se chamar, seria um ser multidimensional, a não ser que consideremos que os seres humanos também o sejam.

Mas isto vai contra todo o senso comum e tudo aquilo que os sentidos apreendem.

Ou não?

O Génesis conta abreviadamente uma história bastante mais alargada nos textos Acadianos e Sumérios, em principio bastante anteriores ao mesmo, uma vez que a tradição Hebraica aponta para que tenha sido Moisés a escrever os primeiros livros da Tora por inspiração divina, há cerca de 3.500 anos atrás.

“Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão”

Há 35.000 anos, de repente, há uma explosão de criatividade. Essa explosão ficou registada nas paredes das cavernas, cheias de desenhos de animais e cenas do dia-a-dia, mas não só. Nesses desenhos aparece pela primeira vez uma simbologia, aquilo que parece ser o berço da religião e do Xamanismo. O que teria levado a isto?

Há varias plantas e fungos na natureza com qualidades interessantes, ainda hoje usadas por algumas sociedades. E sabe-se os efeitos que algumas dessas substâncias têm.

Quando perguntaram a um Xamã de uma tribo da floresta Amazónica o que considerava ele ser o principal problema da humanidade ele respondeu prontamente que os homens civilizados tinham perdido o contacto com o divino. Quando lhe perguntaram como se poderia resolver isto ele respondeu prontamente “ayahuasca”.

Em cavernas por baixo das pirâmides do México foram descobertos objectos rituais e entre eles uma erva, a Salvia Divinorum, parente próximo da Salva que se usa na cozinha.
Os Egipcios antigos reverenciavam a papoila do ópio, à semelhança de quase todas as outras culturas orientais. Na Europa eram bastante usados os cogumelos.

Todas estas plantas e fungos são altamente tóxicos para o organismo se tomadas de forma descontrolada. São venenos. No caso da “ayahuasca”, por exemplo, jamais quem a tomou o fez por diversão, uma vez que causa efeitos brutais no corpo de quem a toma. Vomitos, convulsões e diarreia descontrolada. Os cogumelos matam. Que o digam alguns imperadores de Roma, que conheceram assim o seu fim. É celebre o envenenamento de Cláudio por Agripina.

"Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal".

No entanto em doses pequenas há quem defenda que estas plantas expõe o espírito Humano a uma realidade maior e mais complexa. A uma realidade aparentemente incongruente com a realidade conhecida, algo que vai além dos sentidos.


E, apesar de estas substâncias serem consideradas drogas e demonizadas, é interessante ver que cada vez mais universidades médicas e laboratórios a investigarem os benefícios destas plantas, bem como de substâncias sintéticas como a dietilamida do ácido lisérgico, em pacientes mentais sob condições controladas.

“Os olhos dos dois abriram-se, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se”

Será esta a chave para uma percepção multidimensional do que existe de facto? Será a espiritualidade uma percepção aumentada?

20 comentários:

  1. São muitos os "será?" muitas as dúvidas, muitas as questões.
    Quem somos, donde viemos, para onde vamos - existimos mesmo?

    Muitas as perguntas, pouquíssimas respostas e, mesmo as que existem, serão sempre a visão de alguém, tão falível quanto nós.

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    1. Sem dúvida.
      Mas se ninguém fizer as perguntas, não haverá necessidade de respostas. Sem respostas a evolução estagna.
      As perguntas são essenciais. Não concorda?

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  2. Desde já o meu pedido de desculpa por usar este meio, para lhe fazer uma pergunta, mas não disponibiliza outra forma. Considerando que tem activada a moderação de comentários, poderá ler-me e apagar de seguida, sem causar transtorno aos seus posts.

    E a pergunta é: Porque apagou os seus comentários no meu blog?

    a resposta poderá ser enviada para - euaquinoname@gmail.com
    Grata

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    1. Não foram apagados "os" mas sim "o" comentario que indicava o erro e que lhe pedi para não publicar.

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    2. De resto, não precisa pedir desculpa. Não causa qualquer transtorno. Levando em conta que este espaço tem quase 11 anos de existência e que teve mais visualizações nestas ultimas duas semanas que nos dez anos prévios, estou em crer que os posts não se sentirão transtornados.

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    3. Foi "o". O comentário sobre a Sra. D. Helena ainda la está.
      Sei perfeitamente bem porque é que o blog nao tem visualizaçoes. Nunca foi uma preocupação. Não se fala aqui de artes, generalidades, politica ou seja o que for que costuma interessar às pessoas. Nem se dá respostas a ninguém. É uma simples colecção de perguntas que apenas estão aqui porque, quem sabe, não aparecerá uma resposta às mesmas.
      Tenho serias duvidas que tenha chegado aqui através de um comentário meu. Mas se chegou e acha de algum interesse o que lê, sinta-se em sua casa.

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    4. Creio que, inadvertidamente posso ter eliminado um comentário seu. As minhas desculpas, mas deixo-lhe aqui a resposta de qualquer forma.

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  3. Estou a tentar ler o seu blog desde o ínicio, não é tarefa fácil, uma vez que não o farei num só dia, perco-me no labirinto do botão "mensagem antiga" a etiqueta de histórico de bog, mesmo que a mais simples, dava um jeitão a quem passa.

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    1. Tudo o que está no blog neste momento está na pagina inicial, portanto não há muito por onde se possa perder.

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    2. Está bem. Para 11 anos de existênci,a pensei houvesse muito mais mas, há o que há e a mais não está obrigado.

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    3. Já houve outras questões.
      Mas muda-se, evolui-se, e há coisas que deixam de fazer sentido, ou que evoluem noutras direcçoes.
      Não é um registo histórico.
      Mais ainda, se ninguem viu algo que deixou de fazer sentido e que acaba por ser descartado, porquê mantê-lo?
      Este texto, por exemplo, não será descartado simplesmente porque, ainda que a visão mude, alguém lhe prestou atenção. Tocou alguém. Ainda que seja só a si, quer concorde ou discorde do conteúdo, quer o considere valido ou não.
      Seria rude descartá-lo.

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  4. "Tenho serias duvidas que tenha chegado aqui através de um comentário meu."

    Como queira, as dúvidas são suas. Eu fico com a minha certeza.

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    1. Disso não tenho quaisqueres dúvidas.

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    2. Essa frase tem um erro - Diz-se por aí que: simpatia com simpatia se paga - Estou pagando :)

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    3. A perfeição é algo que apenas ao alcance de Deuses.
      Não me enquadro na categoria nem tenho sequer a pretensão de ter o direito de pisar o chão sagrado pela presença divina.
      Assim sendo não é de estranhar que a perfeição não seja um atributo em mim.
      Reconheço e agradeço a chamada de atenção.

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    4. Estes seus textos, atiram-nos para um mundo desconhecido, qualquer tentativa de entendimento, acaba sempre, esborrachada na nossa ignorância, pelo menos na minha. Depois, acredito que também fruto da minha ignorância, esses livros que chama de sagrados, além de terem sido escritos por homens, foram traduzidos diversas vezes e sempre de forma a servir alguém, ou alguns. Assim sendo, pergunto-me muitas vezes, se nos podemos basear neles, para obter respostas.

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    5. Por favor, é só um errito, nada mais. Eu sempre agradeço a quem me corrige, mesmo que tenha sido um engano na pressa de escrever - permite-me corrigir ou aprender, e se aprendo alguma coisa, ganho o dia.

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    6. Deixa de ser desconhecido se é atirada para dentro dele. A partir daí a ignorância pode ser colmatada. Se acha as perguntas validas pode, tal como eu, buscar as respostas. Considerar as várias opiniões que existem acerca do assunto, testemunhos científicos e pessoais e quem sabe chegar à resposta que maior sentido fizer para si.
      Porque no fundo o que é importante não é ter o conhecimento, mas o esforço que despendemos na procura do mesmo. No fundo o que é importante é formar uma opinião baseada nas respostas que nos são dadas por quem se debruçou seriamente, profissionalmente e pessoalmente no assunto.
      O texto pretende chamar a atenção, sobretudo a minha atenção, para uma reflexão sobre o assunto. Se facilitar de alguma maneira uma procura sua sobre este assunto, se facilitar uma reflexão sua, poderei afirmar-lhe que será uma honra para mim.
      Como o será, obviamente, em relação a qualquer outra pessoa.
      Quem não erra não aprende, quem não aprende não evolui. Eu ganho sabedoria.

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    7. E "sabedoria" há quem defenda, ser a única coisa que levamos connosco. Sabe-se lá para onde...

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    8. Tudo é energia.
      Assim sendo, Consciência é energia.
      Energia não pode ser criada nem suprimida, apenas pode ser transferida. Pode não se saber para onde, mas para algum lado será de certeza. Quer essa energia fique coesa ou se disperse.

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